Esquadrão era pressionado na reta final do jogo, mas aproveitou espaços para triunfar com gol de Kayky
O Palmeiras perdeu a liderança do Brasileirão 2025. Mesmo jogando em casa, foi derrotado pelo organizado Bahia e acabou ultrapassado pelo Flamengo. O Tricolor jogou com coragem e foi ligeiramente superior na 1ª etapa. Muito pressionado pelos donos da casa quando Estevão, Vitor Roque e Paulinho entraram no 2º tempo, sustentou o empate e venceu no fim.
Faltou mais precisão nas finalizações ao Palestra, além de sorte. Erick chegou a tirar um gol certo de Vitor Roque em cima da linha. Flaco López teve as melhores oportunidades e não marcou por detalhes. Marcos Felipe trabalhou em chute potente de Estevão. O Bahia, por sua vez, se aproveitou do desespero anfitrião para buscar a vitória e marcou com o atacante Kayky aos 47′ do 2º tempo.
Escalações
Sem Murilo e Micael, Abel Ferreira escalou Benedetti como parceiro de zaga de Gustavo Gómez. Giay foi mantido na lateral-direita nas ausências de Marcos Rocha e Mayke. Richard Rios voltou ao meio-campo e formou dupla de volantes com Anibal Moreno. Estevão e Vitor Roque iniciaram no banco de reservas. Maurício e Flaco López foram titulares.
Rogério Ceni optou por força praticamente máxima. Ainda sem poder contar com Ronaldo, o ex-goleiro manteve Marcos Felipe na meta. Willian José e Ademir iniciaram a partida. Cauly e Lucho Rodriguez foram para o banco de reservas.
Como Palmeiras e Bahia iniciaram o duelo válido pela 6ª rodada do Brasileirão 2025 — Foto: Rodrigo Coutinho
O jogo
O Bahia entendeu perfeitamente qual deveria ser a postura diante do Palmeiras no Allianz Parque. Executou bem o seu plano de jogo e não foi inferior aos donos da casa até o intervalo. Conseguiu, inclusive, ter mais tempo a bola nos pés e finalizou apenas uma vez a menos que o Verdão. Produziu algumas jogadas de ataque que não terminaram em finalização, mas merecem destaque.
Teve no passe longo para Willian José a melhor ferramenta para superar a marcação adiantada dos anfitriões. Nem sempre conseguiu, é verdade, mas construiu escapadas interessantes. Seja em passes por elevação ou rasteiros, o centrovante venceu alguns no pivô contra Gómez e Benedetti. Nos dois melhores, Erick Pulga teve a oportunidade de finalizar, mas não foi preciso.
Nos instantes em que se instalava no campo de ataque para trocar passes, que não foram poucos, o Tricolor mexia bem com os encaixes de marcação palestrinos. Jean Lucas quase sempre era seguido por Richard Rios. Everton Ribeiro por Aníbal Moreno. Ademir e Pulga por Piquerez e Giay respectivamente. Esses quatro jogadores se moveram de maneira inteligente para obter vantagens.
Caio Alexandre oferecia ótimos apoios para girar a bola de lado, descobriu passes verticais. Esteve bem também defensivamente. Luciano Juba, sempre trabalhando na faixa central, encontrou bolas interessantes para a linha ofensiva. O Palmeiras também teve seus bons momentos. Principalmente em acelerações ao roubar a bola no campo de ataque ou próximo da linha média.
Como de praxe, ”pesou” a área com bastante gente para finalizar os cruzamentos, e levou perigo assim. Flaco López, Maurício e Rios arremataram perto da meta de Marcos Felipe. Maurício e Facundo eram os responsáveis pelas melhores ações nos metros finais do campo, mas faltava precisão para concluir bem a eles e aos demais jogadores.
Felipe Anderson errou bastante no 1º tempo e foi sacado no intervalo. Facundo Torres também saiu, certamente por administração de carga. Estevão e Vitor Roque entraram. O camisa 9 partiu do lado esquerdo do ataque e Estevão do flanco direito. Não fez o efeito imediato esperado. Luciano Juba ganhou os primeiros duelos contra o futuro jogador do Chelsea.
O Esquadrão manteve a agressividade com a bola, além da mobilidade para se associar na intermediária ofensiva. Willian José chegou a acertar o travessão em chute de longe. Everton Ribeiro fez Weverton trabalhar em arremate também de fora da área. Os dois saíram na sequência para as entradas de Lucho Rodriguez e Erick. Cauly também entrou no lugar de Erick Pulga.
Abel lançou Paulinho em campo. Sacou Maurício. O ritmo da equipe se intensificou com o sangue novo e a velocidade dos homens de frente. Flaco López finalizou duas vezes com muito perigo em jogadas de Estevão e Paulinho. Marcos Felipe fez ótima defesa em contragolpe puxado por Giay e finalizado por Estevão.
A produtividade alviverde manteve-se alta e Estevão começou a levar vantagem sobre Juba. Erick salvou um gol certo de Vitor Roque em cima da linha. Paulinho somou varias ações interessantes atuando por dentro. Richard Rios subiu de produção um pouco de antes de ser substituído por Lucas Evangelista. Emiliano Martinez também entrou no lugar de Aníbal Moreno.
O Bahia assumiu o modo proteção de resultado de vez. Ceni tirou Caio Alexandre e botou Acevedo na reta final do jogo. Um volante com mais pegada na marcação. O Palmeiras começou a cruzar muitas bolas na área. Finalizou algumas vezes, mas sem contundência. Naturalmente se expôs e pagou caro por isso.
Já nos acréscimos, Kayky teve muita liberdade pela esquerda. Tabelou com Cauly ao conduzir na direção da área e bateu na saída de Weverton. Desde 2012 o Tricolor não vencia o Palmeiras na condição de visitante.
Fonte: GE