A ofensiva russa no país do leste europeu continua. Na cidade de Kharkiv, três ataques com mísseis foram registrados em 16 de julho, enquanto duas novas explosões atingiram a ponte da Crimeia, agora fechada ao tráfego. Enquanto isso, cresce a espera pela renovação do pacto sobre o trigo entre a Rússia e a Ucrânia, que expira hoje, 17 de julho.
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, foi duramente atingida pela ofensiva russa no domingo, 16 de julho. No último ataque com mísseis, um funcionário de uma empresa industrial, que foi destruída durante o bombardeio, morreu e três outras pessoas ficaram feridas, de acordo com relatos da mídia ucraniana. Os mísseis S-300 teriam partido da região russa de Belgorod. O vice-ministro da Defesa ucraniano, Maliard, disse que a cidade de Kharkiv está sob ataque contínuo há dois dias. Na verdade, o exército russo está pressionando para retomar essa parte do território reconquistado pela contraofensiva de Kiev em setembro.
Ataque à ponte da Crimeia
Na noite de 17 de julho, foram registradas explosões que atingiram parte da estrutura da Ponte da Crimeia. Algumas investigações russas afirmam que elas foram obra de um ato terrorista dos serviços especiais ucranianos. Na deflagração, que ocorreu às 4h da manhã, um casal – marido e mulher – perdeu a vida enquanto atravessava a ponte com sua filha de 17 anos, que ficou gravemente ferida. A ponte está agora fechada ao tráfego. Em 8 de outubro de 2022, a mesma ponte sofreu vários danos causados pela explosão de alguns veículos pesados de carga que transportavam combustível. Em 10 de julho, o governo ucraniano reivindicou a responsabilidade pelo ataque que causou sua destruição parcial.
As bombas de fragmentação
Sobre o assunto das tão discutidas bombas de fragmentação, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, interveio: “elas foram enviadas muito rapidamente para a batalha e estão nas mãos dos defensores da linha de frente ucraniana; se ainda não foram usadas, serão nas próximas horas ou dias”, disse ele. O presidente russo Vladimir Putin, por sua vez, respondeu que o uso dessas armas era um ato criminoso, mas disse que estava pronto para retribuir o gesto com a mesma moeda. O líder russo disse em uma entrevista que Moscou tem um estoque suficiente de munições de fragmentação: “até agora, nunca fizemos isso, mas é claro que se elas forem usadas contra nós, nos reservamos o direito de responder”.
O acordo do trigo
Enquanto isso, ainda há espera pela renovação do acordo sobre o trigo, que deve expirar hoje, segunda-feira, 17 de julho. A ONU ainda não confirmou a esperada prorrogação. No sábado, o último navio com alimentos ucranianos deixou Odessa, enquanto novos navios não entram no Mar Negro desde 27 de junho. O acordo assinado pela Turquia, Rússia, Ucrânia e ONU prevê a exportação de grãos, fertilizantes e outros gêneros alimentícios que ficaram retidos nos portos ucranianos após a invasão russa, e estipula que os navios serão inspecionados em seu retorno para evitar que transportem armas para a Ucrânia.
Fonte: Vatican News