Interlocutores do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmam que perceberam constrangimento por parte dele com os avanços da Polícia Federal no caso Marielle. Castro, de acordo com esses aliados, considerou que ficou clara a falta de ação da Polícia Civil estadual nas investigações, uma vez que, em menos de seis meses, a PF conseguiu um avanço concreto no caso.
A aliados, o governador apontou que a Polícia Civil de seu governo saiu com a imagem enfraquecida pela operação, e que ele próprio saiu como um chefe federativo que não cobrou resultados pela resolução do caso.
Além disso, Castro se ressente com a falta de comunicação com a Polícia Federal. Numa percepção torta, ele acredita que deveria ser comunicado sobre o andamento das investigações. O governo agora teme novas operações contra policiais civis e militares, o que é dado como certo.
O secretário de Polícia Civil, Fernando Albuquerque, é outro que se sentiu pressionado com a operação da PF no caso Marielle. No cargo há um ano, Albuquerque foi o único chefe da pasta que nem mesmo convidou a família da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, para reuniões no “aniversário” do assassinato.