Caminho perigoso: atual geração do Flamengo tem mais derrotas do que vitórias nos pênaltis

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De 2019 em diante, foram nove disputas, com cinco derrotas e quatro vitórias; última aconteceu em fevereiro, e o Del Valle levou a melhor no Maracanã

A noite de terça-feira das oitavas de final de Libertadores teve duas vagas decididas nas penalidades e dois brasileiros envolvidos. O Internacional tirou o River Plate, e o Athletico-PR caiu diante do Bolívar. Para evitar tal sofrimento o Flamengo joga por um empate na quinta-feira, às 21h, contra o Olimpia, no Defensores del Chaco.

E disputas por pênaltis não têm sido um caminho próspero para a atual geração, uma das mais vitoriosas da história do Flamengo. De 2019 em diante, foram nove decisões na marca da cal, e apenas quatro vitórias rubro-negras. Os números são do Espião Estatístico do ge. Por isso, é bom espantar a má fase, o momento conturbado e decidir a parada no tempo normal.

A memória mais saborosa é o título da Copa do Brasil, conquistado em outubro do ano passado, contra o Corinthians. Coube a Rodinei bater o pênalti que fez o Maracanã comemorar o tetra. A maior tristeza talvez seja a da Recopa Sul-Americana em fevereiro, no mesmo estádio. O ídolo Arrascaeta, herói da prorrogação, abriu a série perdendo, e o Independiente Del Valle converteu todos os cinco.

Derrotas marcantes para os Atléticos
Nesse período de 2019 em diante, o Flamengo teve dois fracassos diante de Atléticos que marcaram. O primeiro, logo no início da vitoriosa trajetória de Jorge Jesus pela Gávea, teve o Athletico-PR como algoz, nas quartas de final da Copa do Brasil. O hoje flamenguista Santos defendeu as cobranças de Diego e Everton Ribeiro – Vitinho isolou a dele. Esse seria o último revés significativo e talvez a última vaia da era JJ.

No início do ano passado, com outro português e de destino bem diferente do de Jesus, o Flamengo de Paulo Sousa era melhor no segundo tempo da decisão da Supercopa do Brasil de 2022, contra o Atlético-MG, e vencia por 2 a 1. A saída de Arrascaeta tirou a agressividade da equipe, e o Galo empatou.

Hugo Souza, que falhara em gol de Nacho Fernández, teve a chance de se redimir nos pênaltis e vinha conseguindo. Defendeu duas, e ainda teve a chance de marcar o gol do título. Não o fez, ele e seus companheiros perderam quatro “match-points”, e o Galo acabou campeão.

As vitórias de Diego Alves
Se não foi feliz contra o Galo, nos anos anteriores o Flamengo teve jornadas históricas com Diego Alves. A primeira aconteceu em 2019, nas oitavas de final contra o Emelec. O goleiro defendeu cobrança de Dixon Arroyo, que havia dado carrinho que resultou em fratura do xará Diego Ribas no jogo de ida. Queiroz bateu a última no travessão, e o Fla teve 100% de aproveitamento.

O jogo representava uma virada de chave para o Flamengo de Jorge Jesus, que não perderia mais naquela Libertadores e conquistaria o bicampeonato depois de 38 anos em 23 de novembro de 2019.

A fama de Diego Alves de pegador nos pênaltis conquistada na Europa já estava consolidada no Flamengo, mas o ponto alto veio na Supercopa do Brasil de 2021, contra o Palmeiras. O ídolo defendeu três cobranças, e os rubro-negros ficaram com o bicampeonato.

Uma Taça Rio vencida, outra perdida e uma eliminação

O Flamengo ainda participou de outras três disputas por pênaltis desde 2019. No ano mágico, o primeiro troféu conquistado – este simbólico – foi o da Taça Rio. Um time formado integralmente por reservas, entre eles Arrascaeta – que não tinha vaga no time de Abel Braga – conseguiu empate emocionante com o Vasco nos acréscimos e venceu nos pênaltis com César brilhando. O uruguaio, aliás, foi quem marcou o gol rubro-negro com uma cabeçada fulminante.

No ano seguinte, duas derrotas. Novamente na final da Taça Rio, o Flamengo perdeu para o Fluminense, rival que derrotou na decisão do Carioca semanas depois. Na Libertadores, caiu diante do Racing no Maracanã, nas oitavas de final da Libertadores, após dois empates por 1 a 1.

Relembre o retrospecto dos batedores do Flamengo no período:
2019
Vasco 1 (1 x 3) 1 Flamengo – Carioca (Taça Rio – Final)
Rodinei – perdeu
Arrascaeta – gol
Vitinho – gol
Uribe – gol

Flamengo 1 (1 x 3) 1 Athletico-PR – Copa do Brasil – Quartas de final
Diego Ribas – perdeu
Vitinho – perdeu
Cuéllar – gol
Everton Ribeiro – perdeu

Flamengo 2 (4 x 2) 0 Emelec – Libertadores – Oitavas de final
Arrascaeta – gol
Bruno Henrique – gol
Renê – gol
Rafinha – gol

2020
Fluminense 1 (3 x 2) 1 Flamengo – Carioca (Taça Rio – Final)
Gabigol – gol
Willian Arão – perdeu
Léo Pereira – perdeu
Pedro – gol
Rafinha – perdeu

Flamengo 1 (3 x 5) 1 Racing – Libertadores – Oitavas de final
Filipe Luís – gol
Gerson – gol
Pedro – gol
Willian Arão – perdeu

Flamengo 2 (6 x 5) 2 Palmeiras – Supercopa do Brasil
Arrascaeta – gol
Filipe Luís – perdeu
Matheuzinho – perdeu
Vitinho – gol
Gabigol – gol
João Gomes – gol
Pepê – perdeu
Michael – gol
Rodrigo Caio – gol

2022
Atlético-MG 2 (8 x 7) 2 Flamengo – Supercopa do Brasil
Lázaro – gol
Vitinho – gol
Diego Ribas – gol
David Luiz – gol
Gabigol – gol
Willian Arão – perdeu
João Gomes – gol
Matheuzinho – perdeu
Léo Pereira – gol
Fabrício Bruno – perdeu
Hugo Souza – perdeu
Vitinho – perdeu

2023
Flamengo 1 (4 x 5) 0 Independiente Del Valle – Recopa
Arrascaeta – perdeu
David Luiz – gol
Everton Cebolinha – gol
Gerson – gol
Gabigol – gol

Fonte: Ge