Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Itália. A Igreja de Roma contava, então, com cinquenta sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos cinquenta mil fiéis no centro da cidade imperial.
Tarcísio era acólito do Papa Sisto II, servindo ao altar nos serviços secundários, acompanhando o santo Papa na celebração eucarística.
Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, desejavam receber o conforto final da eucaristia. Mas era impossível entrar. Numa das tentativas, dois diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados como cristãos e brutalmente sacrificados. O Papa Sisto II queria levar o Pão sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.
Foi quando Tarcísio pediu ao santo Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o Papa Sisto II abençoou-o e deu-lhe uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No caminho, foi identificado e, como se recusou a dizer e entregar o que transportava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do sacramento de Cristo. O seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi sepultado.
Essas informações são as únicas existentes sobre o pequeno acólito Tarcísio. Foi o Papa Dâmaso quem mandou colocar na sua sepultura uma inscrição com a data de sua morte: 15 de agosto de 257. Foi declarado padroeiro dos acólitos.