Show de Alok em Copacabana reúne turistas, excursão, e nem a chuva desanima: ‘Esperamos que seja histórico’

Entretenimento

Um milhão de pessoas são esperadas na apresentação do DJ, que vai misturar samba com música eletrônica

A festa do “show do século” de Alok na Praia de Copacabana atraiu público de várias regiões do Brasil, excursões de turistas e fãs. A apresentação do DJ está marcada apenas para às 20h, mas o acesso ao local do show — que é gratuito — começou bem antes. Teve gente que chegou no Rio de Janeiro direto para o evento, encarando o bate-volta para fazer parte da festa.

— Saímos ontem de São Paulo, capital, e chegamos hoje de manhã. Vamos ficar o dia todo aqui. Nem estamos em hotel, fizemos essa aventura — diz Claudinei Barbosa, de 58 anos, que viajou com a mulher e a filha.

— Viemos pelo Alok e também pela festa. Essa chuva não desanimou a gente nem um pouco! Temos capa de chuva, comida, bebida, remédio… — conta Critina Ferreira, de 38 anos, esposa de Claudinei.

Além da família, o evento em comemoração ao centenário do hotel Copacabana Palace ainda atriu excursão de turistas que chegaram em grupos de ônibus direto para a praia onde acontecerá o show.

— Vim do Jaraguá (SP) e chegamos no Rio 8h. Fomos dar um voltinha para conhecer a cidade, aproveitar Copacabana, e quando deu 13h já nos posicionamos na grade para pegar o melhor lugar. Estou com medo da chuva, mas estamos equipados. Vai valer a pena, viemos de longe e por causa do Alok. Sou fã e esse é meu primeiro show dele, não vejo a hora de começar — animou-se Luciana Batista, de 40 anos, contando como funciona o esquema para garantir que ninguém perca o lugar tão pertinho do palco: — Um vai no banheiro, outro fica aqui tomando conta. Viemos em um ônibus de agência com 36 pessoas, aqui estamos em quatro juntos.

Galera do Sul do país também marcou presença, bem como grupo de Minas Gerais. Joice Adriana, de 34 anos, veio de Conselheiro Lafaiete (MG) com um grupo de oito amigos para curtir o show. Todos se hospedaram num lugar estrategicamente perto do local do evento e aproveitaram a tarde para conferir a montagem e entrar no clima:

— Viemos pelo Alok, pela festa, pelo Rio… Estamos hospedados na cidade desde hoje de manhã e vamos embora amanhã só. Viemos agora de tarde para dar uma aquecida, mas vamos voltar na hospedagem para nos arrumar antes da hora do show.

Teve turista estrangeiro que até perguntou para a repórter o que estava acontecendo na praia, e quando soube do que se tratava, ficou animado para voltar na hora do show.

Regiões diferentes do Rio
Quem é morador de Copacabana esteve pertinho da montagem do palco, dos testes de luzes e som durante a semana. Neste sábado podem conferir o resultado final do espetáculo. O evento também atraiu moradores de outras regiões do Rio, como Jhonata Marcos, de 21 anos, que chegaram horas antes e bem equipados para garantir o melhor lugar:

— Vim de Vigário Geral, acordei cedinho e cheguei aqui 10h. Vim com tudo, comida, café, cervejinha e até pirulito.

Os amigos Caio Rocha e Gabriel Andrade de 17 e 15 anos, respectivamente, tiveram a companhia da mãe do primeiro, Bruna Rocha, de 42 anos, para encarar as horas de espera pelo espetáculo:

— Chegamos aqui por volta das 10h30, somos da Ilha do Governador. Vim para acompanhar meu filho e o amigo, mas também gosto bastante da festa. Vim para encarar — diz Bruna.

Preparados para a chuva

A chuva não desanimou os fãs, que vestiram suas capas e foram criativos na hora de pensar formas de driblar o perrengue se tanto água caísse na hora do evento.

— Trouxemos carregador portátil e roupa extra, caso essa molhe muito — descreve Fellipe Bragança, de 30 anos.

— Faça chuva ou faça sol, vamos ficar aqui e ninguém tira (risos) — completa Tatiana Felix, de 26 anos, namorada de Fellipe, que aproveitou para garantir um copo personalizado com o nome do DJ. — Nós somos de Niterói e viemos única e exclusivamente pelo Alok. Depois que fomos o show dele no Rock in Rio vimos que é uma experiência incrível. Então resolvemos vir no evento para ver mais uma vez. A expatativa é grande, estamos desde 11h e combinamos de chegar cedo para ficar na grade e curtir bem.

De perto do casal, Eduardo Albuquerque, de 20 anos, veio com a mãe, Barbara Cristina, e a namorada, Giovana de Souza. O grupo saiu de São Gonçalo 8h com destino a Copacabana:

— Todos nós viemos por causa do Alok, somos fãs e nunca estivemos num show. Já pegamos muito chuva, secamos… Esperamos que seja animado, algo histórico — diz Eduardo.

Curtição e trabalho
Desde cedo a praia reuniu pessoas que aproveitaram também para trabalhar no evento vendendo camisetas, copos, bebida e capa de chuva. A família de Marilza Ramos, de 20 anos, por exemplo, veio de Queimados para ganhar uma grana e ainda aproveitarem o evento:

— Chegamos 12h e a chuva não vai nos atrapalhar. Viemos para trabalhar, justamente vender capa, mas eu também curto Alok. Primeira vez aqui, de graça, na praia… Tem que curtir. Vamos começar as vendas mesmo quando o show rolar, por enquanto estamos aqui descansando — diz a jovem enquanto estava se protegendo da chuva nas árvores.

O ‘show do século’
Com ares de réveillon, o show conta com planejamento especial de trânsito feito pela CET-Rio, com interdições e proibições de estacionamento na região. A expectativa em torno do espetáculo é grande porque ele promete ser mesmo especial. Além de música, contará com palco em formato diferente, fogos de artifício, drones e mais.

A apresentação acontece num palco giratório em forma de pirâmide giratória com 25 metros de altura — equivalente a um prédio de 8 andares — coberta de luz de led e quatro torres de som com iluminação nos vértices. O projeto nada convencional tem assinatura do arquiteto e cenógrafo Abel Gomes.

A estrutura terá ainda outras seis torres com painel de led: três ficarão viradas na direção do Leme; e três, na direção do Posto 6, o que vai permitir que o show seja visto por mais pessoas. O show terá ainda a presença de integrantes da bateria e casais de mestre-sala e porta-bandeira das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio.