Técnico mantém John Kennedy na escalação inicial mesmo jogando fora de casa e com a vantagem no placar, e é dos pés do camisa 9 que sai o gol que abre o placar e pavimenta o caminho à semifinal
A maior parte da torcida que votou no VC Escala do ge queria Alexsander. Parte da imprensa ressaltava a possibilidade de ter Martinelli ou Lima no meio de campo. Mas Fernando Diniz quis colocar o seu Fluminense com John Kennedy e repetir a mesma formação que venceu o Olimpia por 2 a 0 no Maracanã. Deu muito certo. O atacante foi o melhor em campo e crucial na construção da vitória por 3 a 1 no jogo de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores. E isso em um Defensores del Chaco lotado.
Mas antes do primeiro gol do jogo, marcado pelo atacante, o Fluminense passou aperto. A atmosfera do estádio paraguaio fez a diferença no início da partida, que mostrava equipes ansiosas com a bola no pé e angustiadas sem ela. Por volta dos 10 minutos, a equipe tricolor mostrou que a renovação com Fábio por mais dois anos foi totalmente justificável: foram duas defesas importantes para diminuir o ímpeto do Olimpia. Até porque, se os donos da casa abrissem o placar tão cedo, a pulsação do estádio iria aumentar.
Só que o Fluminense segurou. Não só se segurou, como veio o gol de John Kennedy, atuando mais como homem de referência com Cano recuando bastante, e o controle de um jogo que passava a se mostrar tranquilo. Não havia espaço para desatenção, é verdade, mas os tricolores não chegaram a ser muito ameaçados. Talvez até mesmo pela falta de ímpeto da torcida paraguaia.
Com exceção da torcida organizada que ficou atrás do gol de Fábio no primeiro tempo, pouco se cantava na arquibancada do Defensores del Chaco. Os únicos momentos de maior frisson foram na entrada das equipes – com bela festa – e no gol de empate. De resto, apenas a organizada paraguaia se manifestava, acompanhada de reclamações gerais com a arbitragem.
Apesar das peças iguais que tinha à disposição no campo, Fernando Diniz entendeu que o jogo pedia um estilo diferente na parte ofensiva. Se no Maracanã jogou com Arias e Keno bem abertos para buscar os espaços na zaga do Olimpia – que se fechava demais – no Paraguai a ideia era outra. Os dois pontas se encontraram várias vezes para fazer o famoso jogo de toques curtos do técnico tricolor. Mas, tudo tem um motivo.
Análise: Diniz aposta em manutenção de time ofensivo do Fluminense e é premiado com classificação
Técnico mantém John Kennedy na escalação inicial mesmo jogando fora de casa e com a vantagem no placar, e é dos pés do camisa 9 que sai o gol que abre o placar e pavimenta o caminho à semifinal
Por Davi Barros — Assunção
A maior parte da torcida que votou no VC Escala do ge queria Alexsander. Parte da imprensa ressaltava a possibilidade de ter Martinelli ou Lima no meio de campo. Mas Fernando Diniz quis colocar o seu Fluminense com John Kennedy e repetir a mesma formação que venceu o Olimpia por 2 a 0 no Maracanã. Deu muito certo. O atacante foi o melhor em campo e crucial na construção da vitória por 3 a 1 no jogo de volta das quartas de final da Conmebol Libertadores. E isso em um Defensores del Chaco lotado.
Mas antes do primeiro gol do jogo, marcado pelo atacante, o Fluminense passou aperto. A atmosfera do estádio paraguaio fez a diferença no início da partida, que mostrava equipes ansiosas com a bola no pé e angustiadas sem ela. Por volta dos 10 minutos, a equipe tricolor mostrou que a renovação com Fábio por mais dois anos foi totalmente justificável: foram duas defesas importantes para diminuir o ímpeto do Olimpia. Até porque, se os donos da casa abrissem o placar tão cedo, a pulsação do estádio iria aumentar.
Só que o Fluminense segurou. Não só se segurou, como veio o gol de John Kennedy, atuando mais como homem de referência com Cano recuando bastante, e o controle de um jogo que passava a se mostrar tranquilo. Não havia espaço para desatenção, é verdade, mas os tricolores não chegaram a ser muito ameaçados. Talvez até mesmo pela falta de ímpeto da torcida paraguaia.
Com exceção da torcida organizada que ficou atrás do gol de Fábio no primeiro tempo, pouco se cantava na arquibancada do Defensores del Chaco. Os únicos momentos de maior frisson foram na entrada das equipes – com bela festa – e no gol de empate. De resto, apenas a organizada paraguaia se manifestava, acompanhada de reclamações gerais com a arbitragem.
Apesar das peças iguais que tinha à disposição no campo, Fernando Diniz entendeu que o jogo pedia um estilo diferente na parte ofensiva. Se no Maracanã jogou com Arias e Keno bem abertos para buscar os espaços na zaga do Olimpia – que se fechava demais – no Paraguai a ideia era outra. Os dois pontas se encontraram várias vezes para fazer o famoso jogo de toques curtos do técnico tricolor. Mas, tudo tem um motivo.
- Em relação ao Keno e ao Arias, são jogadores que tem liberdade de movimento em todas as partidas. Na partida do Maracanã, eles (Olimpia) tinham uma postura muito mais baixa e tinha pouco espaço para movimentação por dentro. Então temos que deixar jogadores como Arias e o Keno sempre participando do jogo porque tem muito poder de decisão. Naquele jogo era mais conveniente e mais acertado eles jogarem com mais amplitude e, hoje, com mais liberdade de flutuação e souberam aproveitar bem.
No segundo tempo, Arce, técnico do Olimpia, precisando de três gols em 45 minutos, mandou o time para frente. Diniz fez a leitura rápida e também mexeu no meio de campo, colocando Alexsander e Lima, que entraram muito bem. Foi com o camisa 45, muito criticado em partidas anteriores, que os paraguaios ficaram com um a menos. Após John Kennedy puxar contra-ataque e lançar para Lima, Fernando Cardozo puxou o meio-campista do Fluminense e recebeu o segundo amarelo
O Fluminense volta a campo neste domingo, quando recebe o Fortaleza em Volta Redonda, às 16h (de Brasília) pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Flu é o quinto colocado, com 35 pontos, enquanto o Fortaleza tem três pontos a menos e é o oitavo, com 32
Fonte: Ge