A família do borracheiro Luiz Cleber Alves de Oliveira, morador de Bangu, conta que o homem que aparece em imagens de câmeras de segurança apontando uma arma contra ele já foi ajudado pelo borracheiro com máquinas e materiais para abrir a oficina própria, mas que não gostou quando ele abriu uma filial próxima de seu negócio. A vítima morreu na hora.
“Muito tempo atrás, meu pai deu uma vaga de emprego para ele em Realengo, e ele trabalhou com a gente. Depois de um tempo, ele quis arrumar uma vaga para ele e encontrou uma loja em Campo Grande. Ele pediu a ajuda do meu pai, que ajudou com máquinas e materiais, e abriu a loja”, afirmou Elias, filho de Luiz Cleber.
A família conta que o borracheiro não foi ameaçado. O homem que aparece armado não teve a identidade revelada pela polícia. O crime aconteceu na loja da família em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
“Em nenhum momento meu pai foi ameaçado. Em um primeiro momento, que eu sei, teve algo de inveja, que tomou conta dele”, disse Elias, filho de Luiz Cleber.
Elias contou ainda que, anos depois de ser ajudado, o homem chegou a propor sociedade para Luiz Cleber, que disse que não tinha interesse, mas queria abrir uma outra borracharia na região. Inicialmente, ele não se opôs, falando que já tinha a própria clientela. Mas depois que o estabelecimento foi aberto, começou a reclamar.
“Meu pai abriu a loja. Depois de um certo tempo, e eu presenciei isso, fomos à padaria e ele veio falar com a gente meio que equivocado, nervoso, que era um tipo de trairagem o que a gente estava fazendo ele disse: ‘Mas você concordou. E agora? O que eu faço?’”, disse o filho.
Elias contou que o homem respondeu que o Rio de Janeiro é “muito grande” e Luiz deveria ter aberto a filial da borracharia em outro lugar. A vítima voltou a dizer que ele perguntou se a loja incomodaria e ele havia dito que não.