Ministro da Justiça afirmou que operações diárias no Rio serão mantidas e ampliadas. Morte de miliciano provocou dia de terror e deixou 35 ônibus queimados, nesta segunda-feira (23).
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o governo vai “aumentar mais ainda as equipes federais” para auxiliar na segurança pública da cidade e do estado do Rio de Janeiro. Dino publicou uma mensagem em uma rede social, durante a noite desta segunda-feira (23).
O comunicado do ministro vem no mesmo dia em que a Zona Oeste do Rio de Janeiro viveu um dia de terror, com 35 ônibus e um trem incendiados a mando de criminosos, após a morte de um miliciano.
Dino informou que membros do governo federal estarão no Rio de Janeiro nesta terça-feira (24), onde se reunirão com equipes dos governos estadual e municipal, além de membros da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Entre os integrantes do governo federal que estarão no Rio de Janeiro estão:
Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça;
Tadeu Alencar, secretário Nacional de Segurança Pública;
Coronel Alencar, o comandante da Força Nacional.
O ministro disse ainda que novas decisões serão divulgadas nos próximos dias, sob orientação do presidente Lula.
Os ataques são em represália à morte do sobrinho do chefe da milícia Zinho, na comunidade Três Pontes. Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, era apontado como o número 2 na hierarquia da milícia comandada pelo tio, e foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil.
Após a morte, ônibus do transporte coletivo e um trem foram incendiados. Entre os veículos queimados, 20 são da operação municipal, 5 do BRT e outros de turismo/fretamento.
Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho.
Pelo menos 12 suspeitos de ataques a ônibus foram levados para a 35ª DP (Campo Grande).
Passageiros tiveram de deixar alguns dos coletivos às pressas momentos antes dos criminosos atearem fogo aos ônibus.
O governador Cláudio Castro (PL) classificou como “ações terroristas” os ataques ao sistema de transporte do Rio e disse que a morte do miliciano em operação da Polícia Civil faz parte da estratégia de prender os três principais criminosos do estado.
Fonte: G1