Caros do Vatican News, esta é a mensagem do Evangelho de hoje. No trecho de Marcos, há uma reação bastante insólita de Jesus: indigna-se. A sua indignação não é causada pelos fariseus que o põem à prova, mas pelos seus discípulos que, para o protegerem da multidão, repreendem algumas crianças que são levadas a Ele. O Senhor não se indigna com quem discute com ele, mas com quem, a fim de o aliviar do cansaço, afasta as crianças. Eis o comentário do Papa Francisco:
“«Quem não receber o reino de Deus como uma criancinha, não entrará nele» (Mc 10, 15). Eis a novidade: o discípulo não deve só servir os mais pequeninos, mas reconhecer-se como pequeno. É o primeiro passo para nos abrirmos a Ele. Frequentemente, porém, nos esquecemos disto. Na prosperidade, no bem-estar, temos a ilusão de sermos autossuficientes, de bastarmos a nós próprios, de não precisarmos de Deus. Isto é um engano, pois cada um de nós é um ser necessitado, um pequenino. Devemos procurar a nossa própria pequenez e reconhecê-la. E nisto encontraremos Jesus. Na vida, reconhecer-se pequeno é um ponto de partida para se tornar grande. Se pensarmos nisto, crescemos não tanto com base nos sucessos e nas coisas que temos, mas sobretudo nos momentos de luta e fragilidade. Na necessidade, amadurecemos; abrimos o coração a Deus, aos outros, ao sentido da vida. Sabem bem isto quantos rezam com perseverança: em momentos de escuridão ou solidão, a ternura de Deus para conosco torna-se – por assim dizer – ainda mais presente. Quando somos pequeninos, sentimos ainda mais a ternura de Deus.” (Angelus de 3 de outubro de 2021)
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