5 acontecimentos inéditos dos Jogos Olímpicos de Paris

Esportes

A principal festa esportiva do planeta começou e os convidados de honra são nada menos que 10.500 atletas.

O cenário é um que tem uma histórica conexão com os Jogos.

Paris sediou as Olimpíadas de 1900 e 1924.

Nesta edição, a cerimônia de abertura e várias das competições acontecerão em alguns dos lugares mais icônicos da “cidade luz”.

  1. Igualdade total de gênero: 50/50
    “Paris 2024 será a primeira edição dos Jogos Olímpicos a alcançar a paridade de gênero, com o mesmo número de atletas mulheres e homens participando do maior evento esportivo do mundo.”

Assim afirmou o Comitê Olímpico Internacional (COI), cujo presidente, Thomas Bach, classificou esse marco como “um dos momentos mais importantes na história das mulheres nos Jogos Olímpicos e no esporte em geral”.

  1. Uma abertura fora de estádios
    Pela primeira vez na história, a cerimônia de abertura não foi realizada em um estádio. O cenário escolhido foi o rio Sena.

Para isso, o desfile de cerca de 200 delegações nacionais aconteceu em embarcações que levaram os atletas pelo rio de leste a oeste.

O desfile inaugural percorreu o Sena ao longo de 6 quilômetros, com arquibancadas previstas para 300.000 pessoas ao longo do trajeto.

O desfile começou na ponte de Austerlitz, ao lado do Jardin des Plantes, contornou as duas ilhas no centro da cidade, a Île Saint Louis e a Île de la Cité, e passou por baixo de uma dezena de pontes e passarelas.

O final da cerimônia foi no famoso Trocadéro.

  1. Um esporte novo: break dance
    O breaking ou break dance tem suas origens na década de 1970, quando no bairro do Bronx, em Nova York, os jovens das comunidades afro-americanas mostravam suas habilidades em festas com movimentos acrobáticos.

Estreitamente ligado à cultura hip hop, há quem veja em sua essência um ritual competitivo.

Por isso, são fundamentais o DJ e o MC (mestres de cerimônias) nas famosas batalhas, onde os jovens formam um círculo e, um a um, se revezam para apresentar suas melhores rotinas ou coreografias no centro.

Foi em 2018, nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, que o breaking fez sua estreia olímpica.

Agora, devido à combinação de atletismo e dança urbana, garantiu um lugar no grande palco de Paris.

A competição ocorrerá em batalhas individuais, e os breakers improvisarão ao som das faixas do DJ, incluindo movimentos como os giros, os seis passos e os populares freezes, em que ficam paralisados.

  1. O caiaque cross como um novo evento
    O caiaque cross faz parte do slalom de canoagem, cujo estreou olímpico foi em Munique, em 1972.

Na nova prova, que terá categorias feminina e masculina, os atletas competirão não apenas contra o cronômetro, mas também entre si.

De acordo com o site oficial de Paris 2024, o caiaque cross não se assemelha a nenhuma outra prova dessa disciplina.

“Para começar, quatro remadores competem ao mesmo tempo. Eles começam a corrida todos juntos em uma rampa colocada sobre a água.”

Uma vez dada a sinal de partida, eles devem saltar da rampa e a competição ocorre “em um canal com até um máximo de seis portas a favor da corrente e duas contra a corrente”.

Em Paris, também haverá novidades em outros esportes tradicionais:

Atletismo: Paris diz au revoir à marcha masculina de 50 quilômetros e dá as boas-vindas ao maratona de marcha por revezamento misto, na qual os atletas cobrirão os 42,195 quilômetros em quatro trechos alternados: o primeiro de 12,195 quilômetros e três de 10 quilômetros cada.
Boxe: haverá uma nova categoria de peso para mulheres e uma a menos para homens. No total, serão seis categorias femininas e sete masculinas.

Vela: Haverá duas novas provas: iQFOil — que substituirá a RSna disciplina de windsurf — e o kiteboarding, que combina elementos de surfe, windsurf e parapente.
Tiro: A prova mista por equipes de “skeet” (tiro ao prato) substituirá o evento de “trap” (tiro em fossa).
Voleibol: Ao contrário das edições anteriores, os times serão divididos em três grupos de quatro e cada seleção disputará apenas três partidas na fase de grupos.

  1. Jogos Olímpicos com ‘eletricidade 100% renovável’
    Os organizadores se comprometeram a reduzir pela metade a pegada de carbono desses Jogos em relação aos anteriores.

“Isto significa que Paris 2024 oferecerá os primeiros Jogos Olímpicos alinhados com o Acordo de Paris sobre Mudança Climática”, destaca o COI.

Para isso, foram realizadas uma série de obras que permitirão que as instalações olímpicas sejam alimentadas principalmente com eletricidade proveniente da rede pública.

“Para abastecer os locais conectados à rede de distribuição elétrica, Paris 2024 opta por eletricidade 100% renovável gerada na França, proveniente de seis parques eólicos e dois parques solares”, esclarece o site de Paris 2024.

“A empresa de energia EDF ‘fornecerá à rede elétrica a mesma quantidade de eletricidade consumida pelos locais dos Jogos. Essa abordagem é a primeira do tipo na história dos Jogos’.

Assim, por exemplo, ‘os jogos no Stade de France serão abastecidos diretamente com eletricidade por meio de uma rede confiável, em vez de utilizar geradores a diesel’.

A energia não é o único aspecto em que se busca tornar estes Jogos sustentáveis em termos ambientais.”

“Sua tradição como organizadora de eventos esportivos faz com que a França já tenha uma importante infraestrutura pronta, como o estádio de futebol Stade de France e o complexo de tênis Roland-Garros.

Por isso, os organizadores estimam que ‘95% da infraestrutura utilizada nos Jogos de Paris 2024 é temporária ou já existente’.

Em muitos casos, em vez de comprar, será alugado: ‘Dos dois milhões de equipamentos esportivos, três quartos serão alugados ou fornecidos pelas federações esportivas’, indica o COI.

Buscar-se-á transformar os alimentos não consumidos (por exemplo, em compostagem) e também reduzir pela metade o uso de plástico descartável no catering.

No transporte, será maximizado o uso de alternativas públicas e ciclovias.

Além disso, serão incluídos veículos elétricos, híbridos e movidos a hidrogênio na frota que transportará os atletas.”

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