Oito anos depois, a chama olímpica volta a arder no Rio de Janeiro. Restaurada em celebração aos Jogos de Paris — que serão abertos hoje, na Cidade Luz —, a pira carioca foi acesa ontem e vai crepitar até o fim das competições na França. Uma maneira bonita e criativa de integrar o Rio ao espírito olímpico, que conhecemos tão de perto. Além de ter sido a primeira cidade sul-americana a sediar o evento máximo do esporte mundial, o Rio inovou, também, ao ter duas piras olímpicas. Tradicionalmente, o fogo simbólico, que expressa a união de atletas e nações de todo o planeta, fica no principal estádio de cada sede onde as Olimpíadas são realizadas. Menos no Rio. Aqui, em 2016, foram acesas duas piras — uma, no Maracanã; e outra, no Largo da Candelária.
Chamada, apropriadamente, de Pira do Povo, a peça ficou como um legado para a nossa cidade. Formada por centenas de pequenas placas e esferas metálicas, a estrutura é cinética e projetada para girar ao vento, o que proporciona lindo efeito de propagação do brilho da chama, à noite. A obra, do artista plástico americano Anthony Howe, tem como proposta representar o Sol e foi instalada no Boulevard Olímpico, imensa área na região central que, antes degradada, foi totalmente restaurada e se tornou uma deliciosa rota entre monumentos históricos — como a Igreja da Candelária, que se vê ao fundo — e o mar. Tudo a ver com o clima do Rio, não é verdade?
Com uma novidade bacana dessas, o Passeador Carioca não poderia deixar de vir aqui, aos pés da nossa Pira do Povo, neste dia especial para o esporte mundial. Na época dos Jogos de 2016, foi um delicioso fervo de gente de todos os cantos do planeta, com centenas de selfies sendo clicadas por segundo. Agora, que as competições são lá na Europa, um pouquinho do ideal de Pierre de Coubertin, o criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, está representado aqui, na Pira do Povo. E a medalha de ouro, é claro, vai para quem gosta de passear e curtir o Rio de Janeiro!
