Em entrevista ao “Fantástico”, no primeiro pronunciamento após a perda do marido no dia do casamento, Bruna Villarinho Toshiro negou que o noivo tenha sido empurrado por um motociclista para a frente do carro do influenciador digital Vitor Vieira Belarmino, segundos antes do atropelamento. A declaração da viúva corrobora a versão apresentada pelo motoboy Francisco Júnior à policia. Quinze dias depois da tragédia, Bruna falou sobre como está lidando com a perda do marido e disse acreditar na Justiça. O acidente que terminou com a morte do fisioterapeuta Fábio Toshiro aconteceu no dia 14 de julho, na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes.
— A gente saiu do hotel e já viu que a pista estava tranquila. A gente atravessou a primeira pista e aí… Ele já não estava mais do meu lado. Quando eu olho, ele estava lá em cima, já no ar. Pelo barulho, deve ter sido na hora que o carro o levantou e ele caiu. Eu comecei a gritar. Só vi um motoqueiro passando por mim, falando, eu vi quem foi, eu vou atrás. Eu só vi o carro branco. Pelo barulho de aceleração, eu vi que era um carro muito potente. Eu vi que deu uma ligeira encostada, só que depois saiu arrancando de novo— relatou Bruna.
Testemunha do caso, Francisco é o motoqueiro flagrado na cena do atropelamento, reduzindo a velocidade para o casal que atravessava a avenida em frente ao Hotel C Design. Em seu depoimento à 42ª DP (Recreio), o motoboy conta que estava fazendo uma entrega quando viu um casal atravessar a via em direção à praia. Ele reduziu a velocidade e, quando Toshiro e a esposa passaram, Francisco ouviu “um barulho forte” e viu que o pedestre havia sido atropelado por “um veículo de cor branca”, um “esportivo conversível”. O susto dele foi ver o corpo do fisioterapeuta bater no capô do carro, um BMW, e cair dentro do veículo, que estava sem a capota.
A defesa do influenciador digital, que continua foragido, alega que o acidente teria sido provocado pelo motociclista, que ao passar muito próximo do casal, teria desequilibrado Toshiro, jogando a vítima para cima do carro de Vitor. Mas tanto o motociclista quanto a viúva negaram essa versão. Questionada sobre uma possível interferência que tivesse feito com que o marido se desequilibrasse, Bruna negou.
— Não. Não senti absolutamente nada. Só foi mesmo na hora que o carro apareceu com velocidade, assim muito rápido, muito de repente.
“Estou tentando sobreviver, estou tentando pensar no melhor que eu possa emanar para o Toshiro”, diz a enfermeira.
“Era um cara amigo, era um cara parceiro, era um cara que cuidava de todo mundo. No trabalho ele era um cara extremamente responsável, dedicado.”
Com ele, Bruna sonhava em se vestir de noiva e celebrar esse amor ao lado da família e dos amigos. Quando o grande dia chegou, ela abriu o coração para o noivo.
Difícil acreditar que essa felicidade se transformaria em luto e tanta tristeza.
Bruna disse que, apesar da dor da perda, sabe que o marido foi feliz até o dia do casamento e que confia na Justiça.