HOMEM QUE CONCEDEU ENTREVISTAS AS MÍDIAS ASSUME QUE MENTIU E NÃO ERA O MOTORISTA DO CASO DO ASSALTO EM QUE CRIMINOSO FICA PENDURADO NO CARRO

Rio de Janeiro

A Polícia Civil vai indiciar Rafael Queiroz, de 27 anos, que assumiu estar na direção do carro que arrastou um suspeito preso na janela após uma tentativa de assalto, no Recreio. Em um vídeo publicado em seu perfil na noite desta segunda-feira (29), Rafael revelou que não era ele na gravação e que tudo não passava de uma ‘brincadeira’ que começou por causa de alguns amigos. Ele vai responder por falsa comunicação de crime.

A investigação está em andamento na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). “O homem que concedeu entrevistas afirmando ser a vítima foi ouvido nesta segunda-feira (29) e disse que inventou a história para ter engajamento nas redes sociais. Ele irá responder por falsa comunicação de crime. A equipe da delegacia de Recreio busca identificar o verdadeiro motorista, a fim de esclarecer todos os fatos”, informou a Polícia Civil.

Rafael chegou a conceder entrevistas ao vivo em emissoras de TV, alegando que era ele quem pilotava o veículo. Ele disse que havia sido surpreendido em uma tentativa de assalto na Avenida Salvador Allende, na Zona Oeste, e que prendeu o criminoso na janela do carro. Rafael disse ainda que dirigiu por cerca de 600 metros com o suspeito agarrado no veículo. No entanto, tudo era mentira.

“Aquele vídeo não sou eu e não é meu carro. Isso mesmo, não sou eu. Apenas entrei na brincadeira, amigos e seguidores ficaram me marcando, achando que era eu, e eu entrei na brincadeira”, disse Rafael no vídeo.

A revelação veio à tona após a 42ª DP (Recreio) convocar Rafael para prestar depoimento com o objetivo de esclarecer o caso e dar início às investigações. O advogado Luis Gustavo Amaral, que representa Rafael, disse que seu cliente já vinha planejando contar a verdade.
“Conforme a situação evoluía e ele começava a dar entrevistas ao vivo em veículos grandes, o Sr. Rafael percebeu que a questão havia tomado proporções muito maiores e que não se tratava mais de uma simples brincadeira entre amigos. Ele decidiu, então, falar a verdade, reconhecendo que o carro no vídeo não era dele. Ele percebeu a importância de esclarecer os fatos para evitar maiores mal-entendidos e quaisquer consequências negativas”, afirmou.

Ainda conforme a defesa, a atitude de Rafael foi impulsiva, após os amigos enviarem o vídeo e sugerirem que o veículo era semelhante ao dele.
“Posteriormente, o Rafael foi procurado por um repórter para uma entrevista. Achando que se tratava de uma continuidade da brincadeira dos amigos, ele compareceu à entrevista e continuou a falar como se o carro no vídeo fosse seu. Infelizmente, o ele não percebeu a necessidade de esclarecer a situação naquele momento. Gostaríamos de deixar claro que o carro no vídeo não pertence ao senhor Rafael. Toda a confusão originou-se de um mal-entendido e de decisões impulsivas, sem qualquer intenção de enganar ou causar transtorno”, finalizou.

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