Muito antes de tentar três vezes consecutivas a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump já era o bilionário mais chamativo do país. Acompanhe ao vivo a apuração e os primeiros resultados aqui.
A vida do magnata do setor imobiliário de Nova York estava constantemente nas manchetes de tabloides e na televisão nas décadas que antecederam sua improvável candidatura em 2015-16 para a Casa Branca.
Na última década, ele transformou o Partido Republicano e a política dos Estados Unidos e do mundo.
Sua fama e estilo de campanha sem filtro o ajudaram a derrotar políticos experientes, mas uma gestão marcada por controvérsias o fez perder o cargo após um único mandato.
Agora, aos 78 anos, o republicano desafia novamente as probabilidades em um impressionante retorno político que pode levá-lo de volta à cadeira de presidente no Salão Oval.
Herdeiro de magnata
Trump é o quarto filho de Fred Trump, um magnata do setor imobiliário em Nova York e descendente de alemães, que tinha feito fortuna na construção civil no Queens.
Apesar da riqueza da família, esperava-se que ele começasse nas posições mais humildes da empresa do pai, e aos 13 anos foi enviado para uma academia militar após problemas de comportamento na escola.
Após se formar na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, ele se tornou o favorito para suceder o pai quando seu irmão mais velho, Fred, optou por ser piloto. Fred morreu aos 43 anos devido ao alcoolismo, algo que Trump afirma o ter levado a evitar álcool e cigarros durante toda a vida.
Trump diz que entrou no mercado imobiliário com um “pequeno” empréstimo de 1 milhão de dólares de seu pai antes de assumir a empresa, algo que o próprio pai, visto como uma inspiração e um empresário implacável, incentivou.
Ele ajudou a gerenciar a extensa carteira de imóveis residenciais do pai nos bairros de Nova York e, em 1971, assumiu o controle da empresa, renomeando-a como Organização Trump.
Seu pai, a quem Trump descreve como “minha inspiração”, faleceu em 1999.
A carteira de negócios
Reformista, mas desistiu. E em 2012 tentou a nomeação pelo Partido Republicano.
Ele foi um dos maiores defensores da teoria conspiratória “birther”, questionando a nacionalidade de Barack Obama. Ele só admitiu que era mentira em 2016 e nunca se desculpou.
Foi em junho de 2015 que Trump anunciou oficialmente sua candidatura à Casa Branca, declarando o Sonho Americano morto, mas prometendo “trazê-lo de volta maior e melhor”. Sob o slogan “Make America Great Again”, ele derrotou com facilidade os rivais do Partido Republicano e enfrentou a democrata Hillary Clinton.
A campanha foi marcada por controvérsias, incluindo uma gravação onde ele se gabava de abusos sexuais. Apesar disso, ele venceu a eleição, sendo empossado como o 45º presidente em 20 de janeiro de 2017.
O Presidente
Desde as primeiras horas, Trump trouxe uma abordagem diferente ao cargo, frequentemente fazendo anúncios formais no Twitter e confrontando abertamente líderes estrangeiros. Ele se retirou de acordos climáticos e comerciais importantes, impôs restrições de imigração, iniciou uma guerra comercial com a China, implementou cortes recordes de impostos e redefiniu relações no Oriente Médio.
Ele também se tornou o terceiro presidente dos EUA a sofrer impeachment, acusado de pressionar um governo estrangeiro a prejudicar Joe Biden, mas foi absolvido pelo Senado. Durante o ano de eleição de 2020, Trump foi amplamente criticado por sua gestão da pandemia de coronavírus.
Ao mesmo tempo, a economia americana conseguiu se recuperar da pandemia ainda no governo Trump, em ritmo mais rápido que outros países.
O retorno à corrida
Após deixar o cargo, Trump manteve uma influência significativa no Partido Republicano.
Mesmo sendo responsabilizado por resultados fracos nas eleições de 2022, anunciou outra candidatura presidencial. Em julho de 2024, ele foi alvo de uma tentativa de assassinato durante um comício, quando um homem de 20 anos disparou contra ele.
Em 2024, Trump é oficialmente o candidato republicano e enfrenta a atual vice-presidente do país, a democrata Kamala Harris.
Pesquisas indicam uma disputa acirrada. Trump afirma a seus apoiadores que 5 de novembro de 2024 será “a data mais importante da história do país”.