A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas, dentre elas os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, que fizeram parte de seu governo.
Eles são suspeitos de tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder após as eleições de 2022, e foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O indiciamento significa que a PF viu indícios suficientes para considerar que um crime foi praticado e, assim, formalizou esses indícios em um inquérito.
O documento ainda passará pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se os tornarão réus ou não.
Em sua conta na rede social X, Bolsonaro reproduziu trechos de uma entrevista que deu ao portal Metrópoles falando sobre o indiciamento.
Ele acusa o ministro do STF, Alexandre de Moares, que, segundo o ex-presidente “prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa.”
Bolsonaro também afirmou que aguardará seu advogado, e que o caso irá para a PGR “obviamente”.
Essa é a terceira vez que o ex-presidente é indiciado. Entenda a quais são os outros dois casos que podem levar Bolsonaro a julgamento.
Inquérito sobre joias
Aliados de Bolsonaro defendem uma “anistia”, o que poderia abrir caminho para que o ex-presidente disputasse as eleições em 2026.
Somente no TSE, há um total de 18 ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Bolsonaro, incluindo a julgada agora.
As AIJEs tratam de acusações de abuso de poder nas eleições e têm como pena a inelegibilidade – caso Bolsonaro venha a ser novamente condenado, no entanto, não haverá acréscimo no período em que ficará inelegível.
Fonte: BBC Brasil