Durante seu Governo Realizou importantes intervenções urbanísticas, de melhoramentos e embelezamento, como o Passeio Público do Rio de Janeiro, primeiro jardim público do país, projetado em 1773 pelo Mestre Valentim, e inaugurado dez anos mais tarde. Foi um incentivador da obra desse artista, responsável também pela reforma do antigo Largo do Paço e pela instalação do Chafariz da Pirâmide (1789).
Mandou construir a chamada Casa dos Pássaros, origem do Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Largo da Lampadosa (era dirigida por Xavier dos Pássaros, como era chamado Francisco Xavier Cardoso Caldeira). Reedificou a Alfândega e se diz que, em geral, foi o precursor do urbanismo do Rio. Criou uma prisão especial para escravos, que recebeu o nome de Calabouço, de modo a preservá-los dos excessos da violência dos senhores. Deu suporte às pesquisas botânicas do frei José Mariano Veloso, chefe de uma expedição científica pela província do Rio de Janeiro (1783-1790), que deu origem à publicação Flora Fluminensis.
Criou ainda, em 1784, um gabinete de estudos de história natural, a chamada Casa dos Pássaros. Em 1786 aprovou a fundação da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, dedicada à difusão das luzes, de temas científicos e literários, e que seria fechada no fim de seu governo, em 1790.
Reprimiu severamente a Inconfidência Mineira, tendo ordenado a instauração do processo de devassa para apurar e julgar os inconfidentes, em 1789. Retornou a Portugal em 1790, sendo substituído por d. José de Castro, conde de Rezende. Foi inspetor-geral das Obras Públicas (1801), secretário de Estado e presidente do Real Erário (1803-1807). Sócio da Academia Real das Ciências, recebeu a grã-cruz da Ordem de Santiago e o título de conde de Figueiró. Morreu em Lisboa, em 1809.
Formou-se bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra e foi juiz e desembargador do Tribunal da Relação do Porto, da Casa da Suplicação e da Mesa do Desembargo do Paço; conselheiro de Estado, e vereador do Senado da Câmara de Lisboa.
Fonte: A Terra de Santa Cruz