A fila para a cirurgia de catarata no Brasil já ultrapassa a marca de um milhão de pessoas, segundo dados de especialistas da área da saúde. O número alarmante escancara a realidade de milhares de brasileiros que sofrem com a perda progressiva da visão enquanto aguardam por um procedimento que poderia ser simples e transformador.
*A perda da visão e o impacto na qualidade de vida.
A catarata é uma doença ocular caracterizada pela opacificação do cristalino, tornando a visão turva e, em estágios avançados, levando à cegueira. Embora a cirurgia seja eficaz e rápida, a demora no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) faz com que muitos pacientes passem anos na fila, perdendo gradativamente a capacidade de enxergar.
Para muitos idosos, essa espera significa perda da independência, dificuldade para realizar atividades básicas e maior risco de quedas e acidentes. A condição também afeta a vida profissional de pessoas que ainda estão no mercado de trabalho, comprometendo sua produtividade e sustento.
*O colapso no sistema de saúde
Especialistas apontam que a alta demanda e a falta de estrutura são os principais fatores para a superlotação da fila. Em algumas regiões, pacientes relatam esperas de até quatro anos para conseguir a cirurgia. A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais a situação, reduzindo o número de procedimentos realizados.
Enquanto isso, clínicas particulares realizam o mesmo procedimento em poucos dias, mas os valores cobrados estão fora do alcance da maioria da população. “Eu não tenho condições de pagar R$ 7 mil por olho. Enquanto isso, vou ficando no escuro”, lamenta José Silva, de 72 anos, que aguarda há mais de três anos pela cirurgia.
*Soluções e desafios:
Programas emergenciais de mutirões já foram implementados em alguns estados, mas os esforços ainda são insuficientes para reduzir significativamente a fila. O aumento do investimento público em cirurgias eletivas e a ampliação da rede de atendimento oftalmológico são medidas urgentes para evitar que mais brasileiros percam a visão na espera.
Enquanto o problema persiste, milhares de pessoas seguem sem enxergar, reféns da burocracia e da ineficiência do sistema de saúde. Para muitos, a luz no fim do túnel ainda parece distante.
Foi diante deste caos que o Deputado Federal, Marcelo Crivella resolveu agir, ele entrou em contato com diversos prefeitos para através da Emenda Parlamentar socorrer as pessoas que ficam presas na escuridão. Crivella vai levar Clínicas de Olhos para a Terceira Idade para diversas cidades do Estado do Rio de Janeiro, o objetivo é devolver às pessoas o direito de enxergar a vida.
Reportagem: Marcelo Rodrigues
