Hamas diz aceitar liberação de reféns, mas exige mudanças no plano de cessar-fogo dos EUA para Gaza

Internacional

O Hamas respondeu à proposta de cessar-fogo dos EUA afirmando estar preparado para libertar dez reféns israelenses vivos e 18 reféns mortos em troca de vários prisioneiros palestinos, solicitando também algumas mudanças no plano.

O grupo reiterou suas exigências por uma trégua permanente, a retirada completa de Israel de Gaza e garantias de fluxo contínuo de ajuda humanitária. Nenhuma dessas exigências constava da proposta em discussão.

O Hamas não fez uma rejeição explícita nem uma aceitação clara dos termos dos EUA, que, segundo Washington, Israel aceitou.

O Hamas afirmou ter apresentado sua resposta ao rascunho americano proposto por Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, para o Oriente Médio.

Em um comunicado, Witkoff afirmou: “Recebi a resposta do Hamas à proposta dos Estados Unidos. É totalmente inaceitável e só nos leva para trás. O Hamas deve aceitar a proposta que apresentamos como base para as negociações futuras, que podemos iniciar imediatamente na próxima semana.”

“Essa é a única maneira de fecharmos um acordo de cessar-fogo de 60 dias nos próximos dias.”

Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou: “Embora Israel tenha concordado com o esboço atualizado de Witkoff para a libertação de nossos reféns, o Hamas continua a manter sua recusa.”

da guerra.

Netanyahu disse que a guerra terminará quando o Hamas “depuser as armas, não estiver mais no governo [e] seus líderes forem exilados de Gaza”.

O Ministro da Defesa, Israel Katz, foi mais direto nesta semana. “Os assassinos do Hamas agora serão forçados a escolher: aceitar os termos do ‘Acordo Witkoff’ para a libertação dos reféns — ou serem aniquilados”, disse ele.

Mais cedo neste sábado (31/5), o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, informou que 60 pessoas foram mortas e outras 284 ficaram feridas nas últimas 24 horas em ataques israelenses.

Isso não inclui os números de hospitais localizados na província do norte da Faixa de Gaza devido à dificuldade de acesso à área, acrescentou o órgão.

Israel lançou uma campanha militar em Gaza em resposta ao ataque transfronteiriço do Hamas em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns.

Pelo menos 54.381 pessoas foram mortas em Gaza desde então, incluindo 4.117 desde que Israel retomou sua ofensiva em 18 de março, de acordo com o Ministério da Saúde.

Fonte: BBC Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *