Análise: Vítor Pereira abre leque de opções em um Flamengo que mira conquistas

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Jogo contra Nova Iguaçu foi um teste para o português, que encontrou alternativas em meio às boas atuações; Matheuzinho aproveita chance e participa ativamente de goleada

Equilibrar o elenco e garantir ritmo de jogo. Essas foram as duas premissas de Vítor Pereira ao escalar o Flamengo que goleou o Nova Iguaçu por 5 a 0. A Supercopa à vista e o Mundial no radar são os motivos para que o português encontre opções diante de um elenco recheado.

Dos que atuaram nos últimos jogos apenas Santos, Gerson e Pedro garantiram a vaga entre os titulares. Os outros oito foram substituições naturais, de fato, mas com a expectativa de um encaixe à lá elenco principal. As alternativas podem ser válvulas de escape para jogos futuros.

Apesar de novas peças e uma formação inédita, a dinâmica e a postura se mantiveram a mesma do time que enfrentou a Portuguesa e o Madureira. Se nos primeiros minutos o pouco entrosamento dava indícios de que poderia complicar, a paciência e a calma com a troca de passes trouxeram à tona o que se espera do Flamengo.

O adversário pouco ofereceu perigo e a defesa se portou quase como espectadora da combinação variada e agressiva que tentava o ataque. Pelo lado esquerdo, Everton Cebolinha refrescou a memória do torcedor e apresentou o bom futebol que tem como ponto forte os duelos individuais, que por vezes funciona aliviando a marcação. Foram quatro dribles certos.

Disputa pelas laterais
Ainda pelo lado esquerdo: Filipe Luís não parecia estar estreando na temporada. O lateral de 37 anos terminou líder em passes certos (83) e sendo o jogador que mais tempo passou com a bola no pé. Ayrton Lucas, substituto natural, não foi acionado e viu do banco a concorrência surgir.

“A competitividade é boa para a equipe”, foi o que disse Vítor Pereira em entrevista coletiva quando questionado sobre a titularidade na lateral direita. Se Varela não engrenou nas oportunidades que teve, Matheuzinho abraçou a chance e fez valer os minutos em campo. Participativo no ataque, deu duas assistências e se mostrou mais seguro defensivamente.

Pelo lado direito Matheuzinho contou com a presença de Fabrício Bruno, mais um a receber a chance de Vítor Pereira. São 180 minutos na temporada, marcados pela força defensiva e ofensiva – já que o zagueiro marcou dois gols neste período. Com mais uma boa atuação, o defensor começa a pedir passagem em meio à (quase) inquestionável dupla entre David Luiz e Léo Pereira.

“Gostei do espírito da equipe, dos que jogaram e dos que ficaram de fora. É um espírito de grupo”
A lição que Vítor Pereira deixa é de que o elenco se torna ainda mais forte com a competitividade por posição. A impressão que fica é um rascunho de um Flamengo com a maior quantidade de opções possíveis. O teste valeu e o saldo é positivo. Enquanto a minutagem é equilibrada e os jogadores ganham ritmo, VP ganha um leque de opções mirando as conquistas.

Fonte: GE