Pelo menos três objetos voadores foram registrados no hemisfério norte em menos de dez dias.
A aparição de objetos voadores mobilizou as forças aéreas dos Estados Unidos e do Canadá nos últimos dias. Em pouco mais de uma semana, três dispositivos foram localizados e abatidos pelos governos dos dois países – e apenas um foi identificado até agora.
Veja abaixo a cronologia das aparições e o que se sabe até o momento:
Quinta-feira, 2 de fevereiro: o balão chinês
O que foi identificado e quando?
O primeiro objeto voador a ser identificado pela força aérea norte-americana foi um balão: uma estrutura com a parte superior branca e um aparato tecnológico acoplado na parte de baixo.
Segundo o Pentágono (sede da defesa dos EUA) informou na quinta-feira (2), o artefato sobrevoava o estado de Montana, mas teria adentrado o país pelo Alasca e já estava em território norte-americano há alguns dias, sendo monitorado pela aeronáutica.
O objeto foi abatido dois dias após o comunicado do Pentágono, no sábado (4), e gerou uma crise diplomática entre EUA e China.
Qual a resposta da China?
Assim que os EUA identificaram o balão em seu espaço aéreo, a China afirmou que ele não passava de um aparato tecnológico usado para pesquisas meteorológicas que havia sido desviado de sua rota pelos ventos e teria viajado, assim, até o território americano.
Enquanto o governo norte-americano acusou a China de ter usado o balão para espionagem, representantes do gigante asiático alegaram que o artefato teria fins científicos e expressaram “forte insatisfação e protesto contra o uso da força pelos EUA para atacar aeronaves civis não tripuladas”.
O que os destroços mostraram sobre o objeto?
Na terça-feira (7), os EUA divulgaram imagens da retirada dos destroços do balão do mar. “Pudemos estudar e escrutinar o balão e seus equipamentos, o que foi valioso”, chegou a dizer um oficial do Pentágono.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o balão era “claramente para a vigilância de inteligência e era inconsistente com o equipamento encontrado nos balões meteorológicos”. “Tinha múltiplas antenas para incluir uma matriz provavelmente capaz de coletar e geolocalizar comunicações”, afirmou o Departamento em nota oficial.
“Estava equipado com painéis solares suficientemente grandes para produzir a energia necessária para operar múltiplos sensores ativos de coleta de dados de inteligência”, detalhou um funcionário do governo norte-americano, sob condição de anonimato.
Um objeto similar foi visto na Colômbia, mas o governo local considerou que não representava uma ameaça à segurança e defesa nacional do país.
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Sexta-feira, 10 de fevereiro: OVNI (objeto voador não identificado) no Alasca
A segunda aparição também aconteceu nos Estados Unidos, no estado do Alasca. O objeto foi derrubado pelas Forças Armadas norte-americanas, por ordem do presidente, Joe Biden.
Nesse caso, no entanto, ainda não houve uma confirmação oficial sobre qual seria o objeto ou sobre a sua origem.
O que se sabe é que o artefato voava a uma altitude que o tornava uma ameaça potencial para aeronaves civis, que estava indo para a direção nordeste e que não havia indicações de que poderia ser dirigido.
Além disso, segundo o governo norte-americano, o objeto possuía o tamanho de um carro pequeno – diferente do tamanho do balão chinês – e não havia indicações de que se tratava de uma ameaça militar.
“Não temos mais detalhes neste momento sobre o objeto, incluindo suas capacidades, propósitos ou origem”, informou o Comando de Defesa norte-americano.
Sábado, 11 de fevereiro: OVNI em Yukon, no Canadá
A aparição mais recente aconteceu neste sábado (11), em Yukon, no noroeste do Canadá – território vizinho ao Alasca. Nesse caso, a ordem de derrubada do objeto foi dada pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau.
“Ordenei a derrubada de um objeto não identificado que violou o espaço aéreo canadense”, anunciou Trudeau. Sem dar mais detalhes sobre o objeto ou sua trajetória, o premiê afirmou apenas que conversou com o presidente norte-americano, Joe Biden, e assegurou que as Forças Armadas canadenses atuarão para recuperar os destroços do aparato para analisá-los.
Fonte: G1