Francineide Santos Gomes viajou à França com um sobrinho que localizou a prima pelas redes sociais. ‘Nos encontramos com a família toda’, disse o jovem neste domingo. Mulher entregou a filha bebê para adoção porque não tinha condições financeiras de criá-la.
A cearense Francineide Santos Gomes reencontrou neste domingo (19), em Paris, a filha que foi adotada por um casal francês há 31 anos (veja mais nos vídeos abaixo).
A ex-empregada doméstica viajou para a capital francesa acompanhada do sobrinho Jean Vasconcelos na segunda-feira (13). Lá, pôde rever Lucile Gaubert, de 32 anos, entregue à adoção quando bebê porque a mãe biológica não tinha condições financeiras para criá-la.
Nas redes sociais, Jean publicou um vídeo no qual afirmou: “Deu tudo certo, já. Nos encontramos com a família toda. Agora, vamos fazer um passeio. Vamos passar a tarde juntos”.
O jovem conseguiu achar a prima através das redes sociais e enviou uma mensagem a ela (leia detalhes da busca abaixo). Lucile, que mora na França, usava o sobrenome Caraúba, de origem indígena, o que facilitou a procura.
Natural de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, Dona Neide, como Francineide é conhecida, sempre sonhou em reencontrar a filha, que tinha 1 ano quando foi entregue à adoção. Jean afirmou: “Antes, [minha tia] era empregada doméstica, daquelas que vinha em casa só aos finais de semana ou a cada 15 dias”.
Segundo o jovem, a filha biológica de dona Neide é pedagoga e trabalha com crianças com deficiência.
Busca pela prima
Dona Neide enfrentou anos de sofrimento pela ausência da filha. A história teve uma reviravolta mais de 30 anos depois, quando o sobrinho começou a procurar pela prima na internet.
Ao g1, Jean contou que não teve muita dificuldade de encontrar a prima porque ela usava, em uma rede social, o nome francês que recebeu dos pais adotivos e, entre parênteses, o nome de batismo escolhido por dona Neide.
“A busca não foi difícil. Não encontramos o casal [que adotou a criança], encontramos a própria logo porque os pais dela nunca esconderam que ela foi adotada e ela usava o nome dela francês e, em parênteses, o nome brasileiro. Ou seja, ela queria ser encontrada. Facilitava até a procura, já”, disse Jean.
“Ela sempre deixou claro a grande vontade de conhecer suas raízes. Inclusive tem post dela com foto de quando era bebê ainda em Fortaleza”, disse o cearense, em referência às redes sociais da prima.
“Entrei em contato e comentei as fotos dela informando que era um possível parente do Brasil e que precisava falar com ela. Obviamente ela ficou assustada com a abordagem, então fucei o perfil dela e encontrei o irmão e o primo dela. Então entrei em contato com eles e expliquei a situação. Eles pediram provas, mandei foto da minha tia segurando uma foto dela ainda bebê.”
Fonte: G1