Este foi o alerta do Papa feito a bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, seminaristas e agentes de pastoral, reunidos na tarde deste sexta na co-catedral de Santo Estevão.
Diante de 11 mil fiéis, Francisco iniciou seu discurso em tom pascal, aproveitando o momento litúrgico vivido pela Igreja e o tema da Viagem Apostólica:
“Cristo ressuscitado, centro da história, é o futuro. Apesar de permeada pela fragilidade, a nossa vida está firmemente colocada nas mãos Dele. Se nos esquecermos disto, iremos também nós, pastores e leigos, à procura de meios e instrumentos humanos para nos defendermos do mundo, fechando-nos em nossos cômodos e tranquilos oásis religiosos; acabaremos por nos adequar aos ventos instáveis da mundanidade e, então, o nosso cristianismo perderá vigor e deixaremos de ser sal da terra”.
E falando sobre a mundanidade, o Pontífice fez o seu alerta:
“Diante de qualquer tipo de secularização, há um desafio e um convite a purificar a Igreja de toda forma de mundanidade. Reflitamos sobre esta palavra, que é a pior: cair na mundanidade é o pior que nos pode acontecer. É um paganismo ‘soft’, é um paganismo que não tira a paz. Por que? Por que é bom? Não, porque você fica anestesiado.”
Contra as tentações, o Pontífice destacou o chamado ao acolhimento com profecia e o perigo da mundanização:
“Trata-se de aprender a reconhecer os sinais da presença de Deus na realidade, mesmo onde esta não nos apareça marcada explicitamente pelo espírito cristão e venha ao nosso encontro sob a forma de desafio ou de interpelação. E simultaneamente trata-se de interpretar tudo à luz do Evangelho sem se mundanizar, estejam atentos!”
“As respostas vêm do Senhor e não do mundo, do sacrário e não do computador.”
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