Que nossa semana seja abençoada, queridos amigos do Vatican News. O Espírito Santo é o protagonista do Evangelho de hoje, com Jesus que diz aos seus discípulos: “Quando vier o Paráclito que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim”. O Papa Francisco assim comenta este trecho:
“Com estas palavras, Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo, o dom supremo, o dom dos dons; e fala do Espírito usando uma palavra particular, misteriosa: Paráclito. Debrucemo-nos hoje sobre esta palavra, que não é fácil de traduzir pois encerra vários significados. Substancialmente, Paráclito significa duas coisas: Consolador e Advogado. […] As consolações do mundo são como os anestésicos: oferecem um alívio momentâneo, mas não curam o mal profundo que temos dentro. Insensibilizam, distraem, mas não curam pela raiz. Agem à superfície, ao nível dos sentidos, dificilmente ao nível do coração. Com efeito, só dá paz ao coração quem nos faz sentir amados tal como somos. E o Espírito Santo, o amor de Deus, faz isso: como Espírito que é, age no nosso espírito, desce ao mais íntimo de nós mesmos. É a ternura de Deus em pessoa, que não nos deixa sozinhos; e o fato de estar com quem vive sozinho, já é consolar. […] Depois, o Paráclito é o Advogado. No contexto histórico de Jesus, o advogado não exercia as suas funções como hoje: em vez de falar pelo acusado, costumava ficar junto dele sugerindo-lhe ao ouvido os argumentos para se defender. Assim faz o Paráclito, «o Espírito da verdade», que não nos substitui, mas nos defende das falsidades do mal, inspirando-nos pensamentos e sentimentos. E o faz com delicadeza, sem nos forçar: propõe, não Se impõe.” (Homilia de Pentecostes, 23 de maio de 2021)
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