Na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, cariocas chegaram a ter vantagem de 2 a 0 nas poucas chances que criaram, mas permitiram a virada no segundo tempo
O Botafogo tinha um tabu pela frente ao entrar na Arena da Baixada: 15 anos sem vencer o Athletico-PR em Curitiba. A derrota por 3 a 2, gols de Tiquinho e Luís Henrique para o Glorioso, e Vitor Roque, Vitor Bueno e Fernandinho para o Furacão, mostrou porque é tão difícil bater a equipe paranaense.
É preciso dar os méritos aos comandados de Paulo Turra, um time que nesta temporada já virou oito partidas, lidera a chave da Libertadores, à frente de Atlético-MG e Libertad, e que só perdeu três jogos em todo o ano de 2023.
Mas o Botafogo que se viu em campo foi um time que em poucos momentos ameaçou os donos da casa. O Furacão começou a partida com controle da bola dentro do campo de ataque, se movimentando, pressionando e recuperando rápido a bola depois da perda
Ficar sem a bola não é uma novidade para o time treinado por Luís Castro, pelo contrário. Às vezes a equipe parece até se sentir mais confortável dessa forma, controlando a partida e estocando em velocidade usando os pontas. Mas não foi o que aconteceu na Arena da Baixada.
O Athletico ganhava a batalha no meio-campo todo o tempo, impossibilitando que Gabriel Pires ou Lucas Fernandes tivessem a chance de acionar a velocidade de Júnior Santos de um lado ou Luís Henrique no outro.
Apesar do domínio e de algumas boas oportunidades dentro da área, os paranaenses não conseguiam finalizar na direção do gol de Lucas Perri de forma realmente ameaçadora. E foi aí que a eficiência do Botafogo fez a diferença. Em duas chegadas, abriu a vantagem de 2 a 0.
Primeiro, Tiquinho aproveitou desvio da defesa na primeira trave no escanteio para dominar a bola dentro da área e chapar no cantinho de Bento. Dois minutos depois, o centroavante acionou Luís Henrique que bateu de primeira, a bola desviou Zé Ivaldo e morreu na rede.
Vantagem não deu conforto
Levando em consideração as últimas partidas, a expectativa era de que a vantagem no intervalo desse conforto para o Botafogo se defender e contra-atacar, mas o que foi visto no campo foi um time atordoado, que além de não criar, passou a se defender mal.
O que vem sendo uma força do Alvinegro na temporada, virou justamente o calcanhar de Aquiles na partida: a bola parada. Vitor Roque aproveitou desvio de escanteio na primeira trave para reduzir a diferença. Pouco depois a pressão para recuperar a bola rapidamente deu resultado.
Depois de Hugo perder a bola no meio-campo, Roque recebeu, acionou Vitor Bueno que soltou uma pedrada de canhota para empatar. Fernandinho ainda virou antecipando Hugo em uma cobrança de falta para desviar de cabeça na primeira trave.
Durante todo segundo tempo, a única chance do Botafogo foi um chute de longe de Tiquinho. Pro que produziu ofensivamente durante todo jogo e defensivamente no segundo tempo, o resultado poderia ter sido pior para o Alvinegro. A desvantagem mínima é perfeitamente reversível no estádio Nilton Santos.
Mas a partida de volta, no dia 31 de maio, às 21h30, será um teste de fogo. Muito além da diferença no placar, os comandados de Luís Castro vão encontrar um adversário que dificilmente vai se abrir e vão precisar propôr jogo e gerar espaços, algo que já mostraram ter dificuldades.
Mas esse Botafogo também se mostrou um time versátil em 2023, que vence de diferentes formas e que sabe aproveitar as poucas oportunidades que tem para construir o placar. A eliminatória está aberta e é promessa de jogaço no Rio de Janeiro.
Fonte: Ge