No dia 4 de julho de 2022, a Igreja perdia o “profeta da Amazônia” e o Papa Francisco, um grande amigo.
Com efeito, ao ser informado da morte do cardeal Cláudio Hummes, o Pontífice ressaltou os “longos anos de seu dedicado e zeloso serviço, sempre pautado pelos valores evangélicos, à Santa Mãe Igreja nos diversos encargos pastorais que lhe foram confiados tanto no Brasil quanto na Cúria Romana, e por seu empenho em anos recentes pela Igreja que caminha na Amazônia”.
“Trago sempre vivas na memória as palavras que dom Cláudio me disse no dia 13 de março de 2013, pedindo-me que não me esquecesse dos pobres”, disse ainda o Papa.
Os seus restos mortais repousam na cripta da Catedral da Sé, em São Paulo, de onde foi arcebispo. Na missa de corpo presente, Dom Odilo Pedro Scherer fez memória dos feitos grandiosos de Dom Cláudio que geraram novos ares na Igreja, principalmente em relação à missionariedade e a questões referentes à “querida Amazônia”.
Em 2011, quando saiu de Roma de volta a São Paulo, na terceira idade, guardava um sonho de juventude: “Queria ser missionário na Amazônia”. E a CNBB, sem sabê-lo, o convidou a presidir a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. Viajou toda a região, visitou os bispos, ouviu o povo, avaliou a situação dos indígenas e ribeirinhos e pensou em meios para dar novo dinamismo missionário à ação missionaria da Igreja. E ele o fez com dedicação
Foi neste período, nos quase dez anos como missionário, que a Amazônia ganhou a atenção do mundo inteiro e a ação da Igreja recebeu ali novo e importante impulso.
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