Em casos sem complicações, o tempo médio de hospitalização é de 7 dias na UTI e mais 30 no quarto
Pacientes que passaram por um transplante cardíaco, como o apresentador Fausto Silva, o Faustão, costumam ficar mais de um mês internados após a cirurgia. É o que explica à CNN o cirurgião Fernando Atik, membro da diretoria da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
O médico afirma que essa média corresponde aos casos em que o receptor do órgão não tenha apresentado complicações e que a cirurgia tenha sido um sucesso.
“Em média, pacientes em estado de prioridade que tenham sido submetidos a cirurgia com sucesso e não tenham complicações importantes no pós-operatório ficam sete dias em Unidade de Terapia Intensiva [UTI] e 30 dias no quarto do hospital antes da alta para casa.”
O médico afirma que essa média corresponde aos casos em que o receptor do órgão não tenha apresentado complicações e que a cirurgia tenha sido um sucesso.
“Em média, pacientes em estado de prioridade que tenham sido submetidos a cirurgia com sucesso e não tenham complicações importantes no pós-operatório ficam sete dias em Unidade de Terapia Intensiva [UTI] e 30 dias no quarto do hospital antes da alta para casa.”
O especialista acrescenta que, além das complicações no pós-operatório e do transcorrer do transplante, o estado de saúde do paciente antes do procedimento também pode complicar a recuperação e, portanto, fazer com que ele fique mais tempo internado.
Importância dos imunossupressores
Em entrevista à CNN, o presidente do InCor e apresentador do Sinais Vitais, Roberto Kalil, afirmou nesta segunda-feira (28) que a rejeição de órgãos transplantados, que antes era um dos grandes problemas apresentados pelo processo, hoje é evitada com a administração de medicamentos imunossupressores nos pacientes.
“Hoje em dia se começa um pós-operatório convencional de cirurgia cardíaca associado a algumas drogas, como corticoides e, principalmente, os imunossupressores –que são dados no primeiro dia após o transplante”, relatou.
A cardiologista da Rede D’Or e do hospital Sírio-Libanês Stéphanie Rizk, explicou que o tratamento com esse tipo de medicação precisava ser feito com cuidado, para que ele não tenha como consequência o surgimento de infecções.
“Por mais que o órgão seja compatível, o paciente não deixa de ter um órgão estranho dentro dele. Ele precisa tomar uma medicação para evitar que o organismo rejeite aquele novo coração. São os remédios imunossupressores. É sempre aquela balança da rejeição versus infecção. Você não pode tomar remédio para imunossuprimir demais seu organismo a ponto de estar mais suscetível a uma infecção grave”, explicou.
Outros problemas causados pelos imunossupressores também foram destacados pela cardiologista, como:
Insuficiência renal;
Neoplasia, ou seja, câncer;
Doença vascular do enxerto.