No “Altas Horas” do último sábado (16), a cantora detalhou a dinâmica de sua família antes da carreira artística
Muito antes de se consagrar com a fama, Roberta Miranda já trabalhou como doméstica. No “Altas Horas” do último sábado (16), a cantora relembrou detalhes da própria história.
“Tive que fazer algumas coisas na vida para sobreviver. Uma delas foi bater na porta de alguém com 16, 17 anos, já que saí da minha casa”, começou.
Na sequência, a artista explicou para Serginho Groisman a dinâmica familiar em sua própria residência.
“Para quem não sabe, somos quatro, três homem e eu, mulher, mas eles não queriam que eu fosse artista”, lembrou a cantora sertaneja.
“A humilhação, a briga, o castigo, a palmatória, milho de joelho, tudo começou dentro da minha família. E eu fui embora, no meu sonho de ser artista”, acrescentou.
Sem outra solução, Roberta decidiu procurar por afazeres domésticos em casa.
“Eu não tinha o que comer, não tinha dinheiro, não tinha nada. Um dia falei: ‘vou fazer alguma coisa’. Bati numa determinada porta, saiu uma senhora e eu disse: ‘olha, precisa que eu faça alguma coisa dentro da sua casa? Eu quero fazer alguma coisa, não tenho onde dormir, não tenho que comer”, contou.
Mesmo trabalhando como doméstico por mais de um ano, Miranda disse que até hoje não sabe cozinhar. “Arrumar, lavar… então era do banheiro, arrumar a casa, passar pano no chão, para ter um lugar para dormir e onde comer”, garantiu.
“E é uma profissão que eu tenho muito respeito, muito carinho. Não é fácil. É muito difícil, todo dia ter que fazer a mesma coisa, mas é muito orgulho”, finalizou.